terça-feira, 2 de dezembro de 2008

E agora, o cordel que eu não fiz.




O curso ALFA

Foi no dia 25 de março
Que com muita alegria
Fomos recebidos no auditório
Da FAJESU para mais uma
Jornada nessa nossa caminhada

De repente no CEP numa sala
Bem acolhedora estavam Ele e Ela
Para nos receber e com um
Sorriso bem largo Ela disse
Eu sou Lenita, quem é você?

Ele, mais comedido a se apresentar
Disse ao que veio e a todos quis animar
E assim começamos uma grande caminhada
Numa grande largada da qual todos querem chegar

Logo foi acontecendo o
Enlace dos presentes
São afinidades e interesses que se cruzaram
E todos vão ficando mais à vontade
Para a realidade do que vieram aqui buscar

O grupo é diversificado
De forma que temos a ganhar
Tem a Júlia, que maravilha
Com seu largo sorriso a ensinar
Com metade do coração no Japão
Leva um tempão na sua orientação

Vem a Margarete de expressão que endurece
Mas engana qualquer um
Tem um sorriso que encanta
E o jeito faceiro de mexer nas
Ferramentas para impedir as tormentas
Dos que não sabem navegar

Samuel, Samuel! Fala Senhor
Que aqui estou
Foi assim que nos encontros com
A sua simpatia fez o aprendizado
Com mais significado e menos gramaticado

E a Zenilda, essa guerreira das mulheres
Que com muita sabedoria engrandece
Enfrentando as ventanias e dando
Grandes alegrias para quem acredita
Numa educação de longos dias

Sandra mãe, Sandra filha, Sandra
Educadora de fibra agora está coordenadora
Pega e passa todo conhecimento
Que no momento é o grande desafio

Leones veio somar, saiu da tarde
E se juntou a gente enriquecendo o
Conhecimento da turma do matutino
Que o acolhe feliz para a troca
Na busca do letramento

É a vez do Eustáquio, destaque
Com sua voz abrangente
Dizia: gente, cadê o blog?
Não tenham medo, vamos ficar
Blogados e digitalizados

Virgínia, colega que alegra os nossos
Encontros dos gêneros e tipos textuais
Passando pela oralidade estamos na
Verdade aprendendo com virginidade

Noélia é a própria linguagem e interação
Com seu jeito amigo faz a grande comunhão
E com a sua relação de lanches
Em todos os encontros
Faz dividirmos o nosso pão

Áurea, aurora que ilumina os dias
Daqueles que no dia-a-dia buscam
O crescimento e sabedoria e enchem
A sua sala com estripulias,
Perguntas e alegrias.

Nossa, eu não podia esquecer
Dessa grandeza a nossa alteza Alzira
Que logo no primeiro encontro com
Muito encantamento o seu chorar encantou

Desde o primeiro encontro o
Nosso tutor frisava para os cursistas presentes
Temos uma lingüista presente, o nome dela
Ô gente, é muito atraente
É a Carolinguísta

E da Patrícia, quem sabe?
Ela já não faz parte do grupo
Mas sua presença foi tão marcante
E na mudança lingüística nos mostrou
Com alegria a parte que lhe cabia, educar
Com seriedade a nossa cidadania.

Temos ainda Flaviana,
Ana Cristina,Leni e Vitória
Cada qual com seu talento
Viveram seus momentos
Participaram das aulas e dos divertimentos
Foram muitas leituras, dinâmicas e
Troca de conhecimentos

Mas agora vem Fátima, a simpática,
Carismática, sempre muito participativa
E nas aulas de variação lingüística, dos
Gêneros e tipos textuais
Entre outros temas atuais
Ela sempre repetia e para todos dizia:
“A leitura é nossa via.”

O curso ALFA se finda,
Mas veio para ficar e em cada cursista
Uma marca veio deixar
Até um dia, quem sabe.
Agora vamos brindar!

Diarizando os encontros do ALFA


Um olhar no que se foi outro olhar no que virá.

Todos os encontros foram marcantes e servirão de reflexão para o aperfeiçoamento da qualidade das minhas aulas; como serão estas aulas? Ainda não sei. O que sei é o que ficou como o lema: Tenho o compromisso e a responsabilidade de formar cidadãos conscientes, reflexivos e determinados a promoverem a mudança social, cultural e econômica ansiada por milhões de brasileiros, a mudança de comportamentos inadequados, egoístas, de extrema arbitrariedade, de valores, já que no contexto atual a mentira, a corrupção e o individualismo, prevalecem. Proporcionar o sucesso, a superação do outro é o caminho certo para ressuscitarmos os valores da verdade, da solidariedade, da família, da esperança, da alegria. É por isso que o meu olhar se volta para os encontros como: o encontrão na FAJESU (algo diferente estava no ar!); no 2º encontro sentia-me um pouco sem graça, estava ansiosa, meio tímida, afinal no grupo a grande maioria não se conhecia. Mas foi harmonioso, todos fizeram sua apresentação, dizendo seus anseios, suas expectativas, tudo isso bem aflorado depois de assistirmos a um vídeo maravilhoso com o título “O poder da visão”: o real significado da nossa própria existência, capacidade de sonhar, alegria de aprender, paciência de ensinar, respeito e carinho com o próximo. Personagem principal: existência.
Desafio: “Criar algo que nunca pensou antes”. Foi aí que houve o quase Decreto: Construir um portfólio eletrônico = Blog. Fiquei assustada, mas continuei no curso. Sou persistente.
O 3º encontro houve leitura compartilhada da letra da música Fico assim sem você de Adriana Calcanhotto, depois assistimos ao vídeo da canção (bem lindinho). A professora Lenita falou de sua experiência quando certa vez trabalhou essa música com seus alunos, ficou surpreendida com o desempenho e a criatividade. Veio, então, a dinâmica: que beleza, tínhamos que nos completar (letra da música) – um verso era lido por um cursista e completado por outro com o verso seguinte. Muito bom.
Começo dos estudos do ALFA – fascículo 1 – texto linguagem e interação. E aquela história de dar nós no barbante, que terapia – muito pertinente a dinâmica de fazer 3 nós, um para cada fato marcante vivenciado na sua trajetória de professor. Recordo-me que um dos nós que fiz lembrou a minha passagem pelo CTN, hoje CEMTN, como aprendi naquela escola, principalmente com o professor Wilson e a professora Ana de Fátima (hoje diretora da Regional de Ceilândia).
E assim chegamos ao 12º encontro, lemos o texto do Chico Bento – O orador da turma. E aquele ditado. Nossa! Devemos ter cuidado para não sermos motivo para o crescimento do índice de iletrados no Brasil. Afativa vebo, Maria linfou o jamoso peixaral, circuchento orterujou a Jimaia.
13º encontro, o de encerramento do semestre: “Só é velho quem deixou de sonhar”. O vídeo exibido – A lista, de Oswaldo Montenegro por si só fez a aula. Mas teve mais: dinâmica a partir da leitura compartilhada sobre a mensagem Desejos de C. D. de Andrade. E agora? O que comprar e o que pedir emprestado do colega, e o que eu posso dar ao meu colega sorteado? Não foi fácil, mas fiz um balanço rápido e consegui fazer um equilíbrio entre o que emprestar, comprar e doar. Parabéns para os aniversariantes do 1º semestre com direito à torta: que delícia!
O 16º encontro ocorreu no CEM 02 – que feliz mudança! Este encontro foi bem produtivo, estudamos o gênero piada. Houve também socialização das atividades trabalhadas em sala de aula. A nossa saudosa Patrícia expõe a prática de algumas atividades desenvolvidas com seus alunos. Virge Maria! Quanto aprendizado, quanta criatividade. Pena que ela não continuou conosco. O 18º encontro – projeção do filme Desmundo para análise e sugestões de como trabalhá-lo em sala de aula. Filme com riquíssimas abordagens. Vale a pena conferir. Fomos à feira do livro, quantos eventos, momentos culturais, diversidade de livros. Isso no 19º encontro em 04/09 no Pátio Brasil. O 21º encontro aguçou a minha curiosidade e vontade ainda adormecida de lidar com algumas ferramentas do computador ainda não utilizadas por mim, muito interessantes aquelas imagens. Eu gosto da imagem. Mas imagem que encanta, desperta, excita, que leva-nos a imaginar, criar.
O aproveitamento, criatividade e empolgação realizados nos encontros - 25º até o 29º foram realmente de aprendizagem. Quanto ainda tenho a aprender! Isso me fascina. Infelizmente, não pude estar presente ao 27º encontro (06/11). Vejam só que tema eu perdi: Literatura de Cordel. Exibição de um vídeo do Ariano Suassuna. Fiquei frustrada. Mas a minha próxima postagem será o cordel que eu não fiz.
Os encontros 29º e 30º serviram para reforçar os aprendizados, revisando alguns fascículos – 3, 7 e 8. E no próximo encontro dia 04/12, teremos nossa confraternização com direito a um amigo oculto.
E assim, meus caros colegas, voltei meu olhar para toda a labuta passada, porque muito aprendi e tenho meu olhar no que posso realizar a partir de todos esses aprendizados. Que Deus me ajude!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Variação linguística X ação social

Canção para os fonemas da alegria
(Thiago de Mello)
Peço licença para algumas coisas.
Primeiramente para desfraldar
este canto de amor publicamente.
Sucede que só sei dizer amor
quando reparto o ramo azul de estrelas
que em meu peito floresce de menino.
Peço licença para soletrar,
no alfabeto do sol pernambucano
a palavra ti-jo-lo, por exemplo,
e poder ver que dentro dela vivem
paredes, aconchegos e janelas,
e descobrir que todos os fonemas
são mágicos sinais que vão se abrindo
constelação de girassóis girando
em círculos de amor que de repente
estalam como flor no chão da casa.
Às vezes nem há casa: é só o chão.
Mas sobre o chão quem reina agora é um homem
diferente, que acaba de nascer:
porque unindo pedaços de palavras
aos poucos vai unindo argila e orvalho,
tristeza e pão, cambão e beija-flor,
e acaba por unir a própria vida
no seu peito partida e repartida
quando afinal descobre num clarão
que o mundo é seu também, que o seu trabalho
não é a pena paga por ser homem,
mas o modo de amar – e de ajudar
o mundo a ser melhor.
Peço licença para avisar que, ao gosto de Jesus,
este homem renascido é um homem novo:
ele atravessa os campos espalhando a boa-nova,
e chama os companheiros
a pelejar no limpo, fronte a fronte
contra o bicho de quatrocentos anos,
mas cujo fel espesso não resiste
a quarenta horas de total ternura.
Peço licença para terminar
soletrando a canção de rebeldia
que existe nos fonemas da alegria:
canção de amor geral que eu vi crescer
nos olhos do homem que aprendeu a ler.
As variedades linguísticas se apresentam de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas de uma comunidade. Magda Soares afirma: "Um ensino de língua materna comprometido com a luta contra as desigualdades sociais e econômicas reconhece, no quadro dessas relações entre a escola e a sociedade, o direito que têm as camadas populares de apropriar-se do dialeto de prestígio, e fixa-se como objetivo levar os alunos pertencentes a essas camadas a dominá-lo, não para que se adaptem às exigências de uma sociedade que divide e discrimina, mas para que adquiram um instrumento fundamental para a participação política e a luta contra as desigualdades sociais."(Fascículo 5, p.25).Assim sendo, é papel fundamental da escola ser acolhedora, inclusive ser propagadora de um projeto político pedagógico que reprime todo e qualquer tipo de preconceito, inclusive o linguístico. Um grande VIVA a variação linguística!

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Lusa: A Matriz Portuguesa


Exposição relizada no CCBB no período de 26/02 a 04/05/08.

Tema: Lusa:a matriz portuguesa.

Partindo do Brasil do século XXI em direção à história da matriz portuguesa:Ciência e Descobrimentos; Pré-história; Presença Romana; Alta Idade Média; Presença Islâmica;Cristianismo Medieval; Presença Judaica; Língua e Comércio.

Levamos os alunos para a exposição no harário noturno. Quanto aprendizado/Cultura. A arte nos fascina!

Bravos Professores, glória a Deus pela vossa existência!

Lusa: A Matriz Portuguesa/Brasileira.


Trabalhos desenvolvidos com as turmas do 1º, 2º e 3º anos do CEM 12 - Interdisciplinar: Português (Cida) e Sociologia (Consuelo) - Depois da visita realizada no CCBB - exposição: Lusa a matriz portuguesa em 16/04/08 ás 19h, os alunos apresentaram uma réplica dessa magnífica exposição na galeria Cândido Portinari da escola, em maio/08.

Foi um BELO trabalho!

Parabéns alunos do CEM 12!

Parabéns professoras Cida e Consuelo!!!

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Capitu de Bentinho de Machado.

Ele , o maior nome da literatura nacional, é o homenageado do ano - 2008 foi chamado de Ano Nacional Machado de Assis (centenário de sua morte). Os brasileiros foram incitados a se aproximarem do pai de personagens como Bentinho, Capitu, Brás Cubas e uma infinidade de outros que fazem parte de nossa cultura. Foram vários eventos, muitas homenagens ao autor de nove romances, quatro livros de poesias, sete de contos, dez peças de teatro e crônicas.
Joaquim Maria Machado de Assis nasceu no Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839 e morreu na mesma cidade a 29 de setembro de 1908.
Visite o site e faça o soneto que Bendinho não concluiu. E para fechar com chave de ouro as homenagens a este magnânimo autor, a Rede Globo exibirá a minissérie Capitu. Não percam! Dia 09/12/08. Veja o vídeo.

(Fonte de pesquisa: Revista Língua Portuguesa nº 29/08)